No universo do ultraciclismo, cada detalhe importa. Quando estamos falando de centenas ou até milhares de quilômetros sobre a bike, o tipo de equipamento que você escolhe pode ser a diferença entre completar a prova com segurança ou abandonar no meio do caminho — entre pedalar com eficiência ou lutar contra o desconforto a cada quilômetro.
Ao contrário de passeios curtos ou treinos de rotina, as jornadas de longa distância exigem planejamento meticuloso, adaptação ao terreno, variações climáticas e, principalmente, resistência mental e física. E para sustentar tudo isso, contar com os equipamentos certos é essencial. Eles não apenas aumentam sua performance, como também contribuem diretamente para sua segurança, autonomia e bem-estar durante todo o percurso.
Este artigo tem como objetivo apresentar os 7 equipamentos que todo ultraciclista deveria testar — itens que, na prática, mostram seu valor em provas longas e podem transformar sua experiência na estrada. Seja você iniciante em brevets ou já um veterano de ultramaratonas, vale conferir se esses itens já fazem parte do seu setup ou se está na hora de dar uma chance a eles.
Critérios de seleção dos equipamentos
A escolha dos equipamentos que aparecem nesta lista não foi aleatória. Eles foram selecionados com base em experiência prática em provas reais, treinos de longa duração e também em feedbacks consistentes de outros ciclistas que enfrentam os mesmos desafios do ultraciclismo — sejam brevets Audax, jornadas de bikepacking ou ultramaratonas autossuficientes.
Em ultradistâncias, não há espaço para itens que falhem no meio do caminho. Por isso, os critérios que guiamos aqui priorizam quatro pilares fundamentais:
Durabilidade: o equipamento precisa resistir a centenas de quilômetros, exposição ao clima, trepidações e uso intenso, sem apresentar desgaste precoce ou risco de quebra.
Leveza: cada grama conta quando se pedala por dias seguidos. Um setup leve contribui para uma pedalada mais eficiente e menos desgaste físico.
Funcionalidade: o equipamento deve cumprir seu papel com praticidade e eficiência. Quanto mais intuitivo e fácil de usar em movimento, melhor.
Confiabilidade: nada pode ser mais frustrante (ou perigoso) do que um item falhar quando você mais precisa. Confiança no equipamento é sinônimo de paz mental durante a prova.
Além disso, buscamos itens com versatilidade de uso — que possam se adaptar bem a diferentes tipos de prova, desde brevets noturnos até desafios autossuficientes em ambientes remotos. A ideia é que esses equipamentos funcionem como aliados, independentemente do estilo de ultraciclismo praticado.
A seguir, você confere o top 7 dos equipamentos que realmente fazem a diferença quando o desafio é pedalar longe. Muito longe.
Equipamento 1 – Selim ergonômico
Quando se fala em conforto no ultraciclismo, o selim é, sem dúvida, um dos elementos mais críticos do setup. Afinal, são horas — e muitas vezes dias — sentado praticamente na mesma posição, enfrentando terrenos variados, calor, umidade e desgaste físico constante. Um selim inadequado pode causar dores, dormência e até lesões, tornando a pedalada um verdadeiro tormento.
Por isso, investir em um selim ergonômico, pensado para longas distâncias, não é luxo — é necessidade. Ele precisa oferecer o equilíbrio perfeito entre suporte e flexibilidade, respeitando a anatomia de cada ciclista. Modelos com canal central, curvatura adequada e material que reduz o atrito são os mais indicados.
Algumas marcas são referência quando o assunto é selim para endurance:
Brooks: clássicos de couro como o Brooks B17 são conhecidos pela durabilidade e conforto progressivo — quanto mais você usa, mais ele se molda ao seu corpo.
Fizik: oferece modelos mais esportivos, leves e anatômicos, com foco em performance sem abrir mão do conforto.
Selle SMP: tem um design único com canal profundo e ponta curvada para baixo, ideal para quem sofre com dormência ou compressão.
Dicas para testar e adaptar
Teste em treinos longos: selins precisam de quilometragem para realmente mostrar se funcionam para você. Evite trocar perto de uma prova.
Use bermuda de qualidade: um bom selim só mostra seu potencial se combinado com uma bermuda com forro adequado.
Ajuste correto da bike: a posição do selim (altura, inclinação e recuo) interfere diretamente no conforto. Se possível, faça um bike fit com profissional experiente em longas distâncias.
Considere modelos test-ride: algumas lojas e marcas oferecem programas de teste. Vale a pena antes de investir em um modelo mais caro.
No ultraciclismo, o selim certo não é apenas um conforto — é um diferencial estratégico. Encontrar o modelo ideal pode levar tempo, mas quando você acerta, pedalar por 300, 600 ou 1200 km se torna algo muito mais suportável — e até prazeroso.
Equipamento 2 – Bolsa de quadro ou bikepacking bag
Em provas de ultraciclismo, onde cada parada deve ser estratégica e o acesso rápido aos itens é fundamental, uma boa bolsa de quadro ou bikepacking bag pode transformar completamente a experiência. Esses acessórios são projetados para otimizar o espaço da bicicleta, melhorar a aerodinâmica e distribuir o peso de forma mais eficiente do que mochilas ou alforjes tradicionais.
Vantagens para organização e distribuição de peso
Melhor aproveitamento do espaço: as bolsas de quadro utilizam o triângulo principal da bike, um espaço que geralmente fica ocioso. Isso permite carregar itens sem comprometer o equilíbrio ou a aerodinâmica.
Acesso rápido e prático: itens como comida, ferramentas, powerbanks ou documentos podem ser organizados de maneira funcional, ficando ao alcance da mão.
Distribuição de peso equilibrada: ao manter o centro de gravidade baixo e centralizado, as bolsas de quadro ajudam a manter a bike estável mesmo em terrenos irregulares ou durante subidas.
Comparativo entre modelos e materiais
Existem diversos tipos e formatos de bolsas, e a escolha depende do tipo de prova, da geometria da bicicleta e das preferências pessoais:
Bolsas de quadro inteiras: ocupam todo o triângulo e oferecem maior capacidade de carga, ideais para bikepacking e provas autossuficientes.
Bolsas parciais (half-frame): deixam espaço para caramanholas e são boas para quem prioriza hidratação tradicional.
Materiais: os modelos de alta qualidade costumam usar tecidos como X-Pac, Cordura ou Nylon ripstop, que oferecem excelente resistência e leveza. Zíperes selados e costuras reforçadas são sinais de durabilidade.
Quando vale investir em modelos impermeáveis
Se a sua prova tem chances de chuva, atravessa regiões úmidas ou você pretende carregar eletrônicos e roupas extras, vale (e muito) investir em bolsas impermeáveis ou com proteção contra água. Modelos com zíperes selados e costuras soldadas garantem que seu equipamento fique seco mesmo em horas de exposição à chuva.
Além disso, bolsas impermeáveis dispensam o uso de dry bags internas, facilitando o acesso rápido ao conteúdo — algo essencial quando você está pedalando por longos períodos com o tempo contado.
Em resumo, uma boa bolsa de quadro vai além de carregar coisas: ela é parte do seu sistema de autonomia, praticidade e organização. Para o ultraciclista, é um investimento que paga dividendos em conforto e eficiência quilômetro após quilômetro.
Em ultradistâncias, não há espaço para itens que falhem no meio do caminho. Por isso, os critérios que guiamos aqui priorizam quatro pilares fundamentais:
Durabilidade: o equipamento precisa resistir a centenas de quilômetros, exposição ao clima, trepidações e uso intenso, sem apresentar desgaste precoce ou risco de quebra.
Leveza: cada grama conta quando se pedala por dias seguidos. Um setup leve contribui para uma pedalada mais eficiente e menos desgaste físico.
Funcionalidade: o equipamento deve cumprir seu papel com praticidade e eficiência. Quanto mais intuitivo e fácil de usar em movimento, melhor.
Confiabilidade: nada pode ser mais frustrante (ou perigoso) do que um item falhar quando você mais precisa. Confiança no equipamento é sinônimo de paz mental durante a prova.
Além disso, buscamos itens com versatilidade de uso — que possam se adaptar bem a diferentes tipos de prova, desde brevets noturnos até desafios autossuficientes em ambientes remotos. A ideia é que esses equipamentos funcionem como aliados, independentemente do estilo de ultraciclismo praticado.
A seguir, você confere o top 7 dos equipamentos que realmente fazem a diferença quando o desafio é pedalar longe. Muito longe.
Equipamento 3 – Ciclocomputador com GPS
No ultraciclismo, onde os percursos frequentemente atravessam áreas remotas, pouco sinalizadas ou completamente desconhecidas, um ciclocomputador com GPS é mais do que um acessório: é uma ferramenta essencial para navegação, estratégia e segurança.
Além de indicar o caminho certo, ele ajuda a manter o controle de dados importantes como ritmo, tempo, elevação, distância restante e até previsão do tempo. Em provas longas, tomar decisões com base em dados confiáveis pode significar economia de tempo e energia — duas moedas preciosas para qualquer ultraciclista.
Importância da navegação e controle de dados
Evita erros de rota: mesmo com planilhas ou marcações, um GPS bem configurado reduz drasticamente o risco de se perder, especialmente à noite ou em áreas rurais.
Ajuda a manter o ritmo ideal: acompanhar o tempo de pedal, velocidade média, batimentos cardíacos e potência (caso utilize medidor) permite ajustar o esforço ao longo do dia.
Planejamento em tempo real: é possível ver o quanto falta até o próximo PC (ponto de controle), subida ou ponto de reabastecimento — isso ajuda a tomar decisões com menos incertezas.
Funcionalidades úteis para ultraciclismo
Mapas offline e navegação curva a curva: fundamental em locais sem sinal de celular. Alguns modelos permitem importar rotas do Komoot, Strava ou Ride with GPS.
Alertas personalizados: lembretes de alimentação, hidratação ou avisos de desvio de rota ajudam a manter o foco e a rotina.
Conectividade com sensores: integração com medidores de potência, cadência, frequência cardíaca, radar de aproximação e até faróis inteligentes.
Longa duração de bateria: modelos avançados oferecem entre 15 e 24 horas de autonomia, com modos de economia de energia e possibilidade de recarga em movimento via powerbank.
Modelos recomendados
Garmin Edge 540 / 840 / 1040: referência em precisão e recursos avançados. Ideal para quem quer personalização e confiabilidade total.
Wahoo ELEMNT BOLT ou ROAM: intuitivos, com interface limpa e configuração via app. Muito populares entre ciclistas de longa distância pela simplicidade e robustez.
Hammerhead Karoo 2: tela sensível ao toque de altíssima resolução e integração forte com aplicativos de rota. Um dos mais inovadores do mercado.
Seja para seguir um trajeto com exatidão ou para analisar seu desempenho após a prova, o ciclocomputador com GPS é um dos equipamentos mais inteligentes que um ultraciclista pode carregar. Ele combina tecnologia e estratégia para que você pedale mais longe — e com mais confiança.
Equipamento 4 – Sistema de iluminação potente
No ultraciclismo, pedalar durante a noite faz parte da rotina. Seja por escolha estratégica ou pela própria natureza das provas de longa duração, é comum passar horas (ou até noites inteiras) no escuro. Nesses momentos, um sistema de iluminação potente e confiável deixa de ser apenas um item de conforto e passa a ser um elemento vital de segurança e sobrevivência.
Ver bem o caminho à frente e ser visto por motoristas e outros ciclistas é essencial para evitar acidentes, manter o ritmo e continuar avançando com confiança.
Segurança durante pedaladas noturnas
Um bom farol dianteiro permite identificar buracos, pedras, animais e obstáculos com antecedência — especialmente em estradas secundárias ou trilhas pouco iluminadas.
A luz traseira, por outro lado, é sua linha de vida com o tráfego: ela sinaliza sua presença e pode evitar situações perigosas em rodovias e áreas urbanas.
Em situações de neblina, chuva ou transição entre dia e noite, um sistema de iluminação eficiente aumenta muito sua visibilidade.
Farol dianteiro vs traseiro – o que priorizar
Idealmente, o ciclista deve ter ambos, mas a prioridade depende do tipo de prova e percurso:
Farol dianteiro deve ser potente o suficiente (pelo menos 400 a 800 lumens para trechos escuros) e com diferentes modos de intensidade.
Luz traseira intermitente é mais visível em longas distâncias. Modelos com sensores de movimento ou radar, como o Garmin Varia, oferecem ainda mais segurança.
Vale também considerar um farol reserva ou um headlamp (lanterna de cabeça) como backup, principalmente em provas autossuficientes.
Duração de bateria e opções de recarga
Verifique sempre a autonomia em modo contínuo, e não apenas no modo econômico. Um farol que dura 2 horas no máximo pode ser insuficiente para trechos noturnos longos.
Modelos com bateria recarregável via USB são os mais práticos, pois permitem recarga com powerbanks durante a pedalada.
Para provas realmente longas, considere levar baterias extras ou optar por sistemas que permitam o uso contínuo enquanto recarregam.
Algumas marcas, como Fenix, Lezyne, Cateye e NiteRider, oferecem soluções robustas para ciclismo noturno e endurance.
Em resumo, investir em um bom sistema de iluminação é investir na sua segurança. Luzes potentes, com boa autonomia e fácil recarga, são parceiras inseparáveis do ultraciclista — especialmente quando a estrada parece não ter fim, e o único ponto de luz à frente é o seu farol.
Equipamento 5 – Kit de reparos compacto
Nenhuma jornada de ultraciclismo está imune a imprevistos. Furos, parafusos soltos, correntes que escapam — tudo pode acontecer em centenas ou milhares de quilômetros. É por isso que um kit de reparos compacto e eficiente é item obrigatório em qualquer setup de longa distância.
A ideia não é carregar uma oficina inteira na bike, mas sim ter à disposição as ferramentas certas, no momento certo, para resolver os problemas mais comuns e seguir pedalando com o mínimo de perda de tempo.
O essencial que não pode faltar
Um bom kit de reparo para ultraciclismo deve incluir:
Espátulas de pneu: para facilitar a retirada do pneu em caso de furo. Prefira modelos resistentes e leves.
Câmara de ar reserva (ou duas): mesmo que use tubeless, é sempre bom ter backup caso um corte maior impeça o selamento.
Inflador de CO₂ ou mini bomba: escolha conforme sua preferência. O CO₂ é mais rápido e compacto, mas a bomba é reutilizável e confiável.
Multi-ferramenta: com chaves allen, torx e chave de corrente. Modelos com cortador de corrente são ideais para emergências mecânicas mais sérias.
Remendos autoadesivos ou kit tradicional: útil se você já usou suas câmaras de reserva. Ocupam pouco espaço e salvam a pátria.
-Link rápido (missing link): para correntes quebradas. Essencial para quem pedala longas distâncias.
Fita adesiva e alguns elásticos: pequenos, leves e úteis em múltiplas situações.
Como otimizar o peso sem perder funcionalidade
Escolha itens multifuncionais: por exemplo, há espátulas que também funcionam como chave de válvula.
Avalie os riscos reais da prova: se o percurso for urbano ou com pontos de apoio frequentes, você pode reduzir redundâncias. Em ambientes mais remotos, leve o kit mais completo.
-Use bolsas inteligentes: guardar o kit em uma bolsinha de selim, bolsa de quadro ou tubo inferior ajuda a manter tudo organizado e acessível, sem ocupar espaço valioso nos bolsos da camisa.
Lembre-se: não adianta ter o equipamento mais avançado se, ao primeiro contratempo, você não consegue resolvê-lo. Um kit de reparos compacto, bem montado e testado é um seguro pessoal — pequeno no peso, mas imenso no valor.
Equipamento 6 – Roupas técnicas de longa duração
Quando se pedala por muitas horas — ou dias — seguidos, o corpo é constantemente exposto a variações de temperatura, vento, sol, chuva e suor. Nesse cenário, as roupas técnicas deixam de ser apenas vestuário esportivo e passam a ser um dos pilares do conforto, da performance e até da prevenção de lesões no ultraciclismo.
Mais do que estilo, o que realmente importa é o conforto térmico, a respirabilidade e a durabilidade dos tecidos. Uma roupa que mantém a temperatura estável, evita o acúmulo de umidade e reduz o atrito pode ser a diferença entre pedalar bem ou sofrer desnecessariamente.
Importância do conforto térmico e respirabilidade
-Regulação de temperatura: camadas respiráveis mantêm o corpo seco no calor e aquecido no frio, evitando superaquecimento ou hipotermia.
-Evita assaduras e desconfortos: tecidos respiráveis reduzem o atrito e o acúmulo de suor, principais causas de irritações em longas distâncias.
-Desempenho constante: roupas mal ventiladas ou com forro de má qualidade drenam sua energia. Roupas técnicas certas ajudam você a economizar esforço.
Camadas e peças recomendadas
-Bermudas com boa forração: o forro (chamois) deve ser anatômico, sem costuras que causem irritações, e de densidade adequada para horas seguidas de uso. Marcas como Assos, Castelli, Sportful e La Passione têm ótimas opções endurance.
-Camisas respiráveis: com zíper integral, bolsos espaçosos e tecidos que não acumulam suor.
-Manguitos e pernitos: ideais para variações climáticas. Permitem ajustar a proteção térmica sem precisar trocar toda a roupa.
-Corta-vento leve e compacto: essencial para descidas longas, mudanças bruscas de clima ou pedaladas noturnas.
-Meias e luvas técnicas: pequenos detalhes que fazem grande diferença no conforto geral.
Dicas para testar em treinos longos
-Use em treinos simulando as condições da prova: testar roupas só em pedaladas curtas pode mascarar problemas que só aparecem após muitas horas de uso.
-Preste atenção aos pontos de atrito: costuras, elásticos apertados ou tecidos ásperos podem causar assaduras.
-Leve uma muda reserva em brevets longos ou bikepacking: mesmo a melhor roupa precisa de pausa. Trocar por peças secas renova o conforto.
-Não estreie nada em dia de prova: teste tudo com antecedência — do forro da bermuda à combinação de camadas.
No ultraciclismo, o conforto é sinônimo de resistência. Investir em roupas técnicas de longa duração é garantir que seu corpo esteja protegido e eficiente, quilômetro após quilômetro.
Equipamento 7 – Sistema de hidratação eficiente
Manter-se hidratado de forma constante e eficiente é um dos fatores mais decisivos no desempenho e na saúde de um ultraciclista. Em provas que duram muitas horas ou até dias, a hidratação inadequada pode levar à fadiga precoce, queda de rendimento, câimbras e até abandono. Por isso, contar com um sistema de hidratação bem planejado é fundamental — e pode ser o diferencial entre completar ou não o desafio.
Caramanholas, mochilas de hidratação ou bolsas no guidão
Existem diversas formas de carregar água e isotônicos na bike, e cada uma tem suas vantagens:
Caramanholas (garrafas): são leves, práticas e compatíveis com a maioria dos quadros. O ideal é usar modelos térmicos, de fácil manuseio e com capacidade entre 600 ml e 750 ml. Algumas bikes permitem suporte extra no tubo inferior ou atrás do selim.
Mochilas de hidratação (tipo CamelBak): muito úteis em percursos longos e com poucos pontos de reabastecimento. Permitem carregar 1,5 a 3 litros de líquido com acesso por mangueira, sem precisar tirar as mãos do guidão.
Bolsas de guidão ou top tube com squeeze: ideais para misturas energéticas ou líquidos de consumo rápido. Também podem ser usadas para armazenar reposições.
Manter-se hidratado sem parar – por que isso faz diferença
A eficiência da hidratação não está apenas na quantidade de líquido, mas também na facilidade de acesso. Se a cada vez que você precisa beber for necessário parar ou fazer malabarismos, a tendência é postergar — e isso, ao longo das horas, cobra um preço alto.
Hidratar-se de forma contínua ajuda a manter a temperatura corporal, a circulação e a absorção de nutrientes.
Reduz o risco de queda de performance e desconfortos físicos típicos de desidratação.
Minimiza a necessidade de paradas longas, ajudando a manter o ritmo e economizar tempo em provas.
Como organizar o setup para facilitar o acesso
Garrafas em suportes de fácil alcance: se possível, use um suporte lateral para facilitar a retirada em movimento.
Mangueira da mochila posicionada no ombro: evite que ela fique balançando. Um clipe simples resolve.
Divida líquidos por função: uma caramanhola com água, outra com isotônico, e uma terceira com mistura energética (em bikepacking, por exemplo).
Recarregue sempre que puder: mesmo que você não esteja com sede. Leve pastilhas de sais ou sachês para reidratação rápida em pontos de água.
No ultraciclismo, cada detalhe do setup influencia diretamente no desempenho — e a hidratação está no topo da lista. Um sistema inteligente e acessível permite que você cuide do corpo sem perder tempo, garantindo mais eficiência e segurança ao longo da jornada.
Conclusão
Ao longo deste artigo, vimos como cada detalhe faz diferença no universo do ultraciclismo. Dos itens que garantem conforto nas longas horas de pedal até os que podem salvar seu desempenho (ou até sua segurança) em momentos críticos, os equipamentos certos não são luxo — são estratégia.
Vamos recapitular os 7 equipamentos que todo ultraciclista deveria testar:
1. Selim ergonômico – para suportar longas distâncias sem dor ou desconforto.
2. Bolsa de quadro ou bikepacking bag – organização e equilíbrio no transporte de carga.
3. Ciclocomputador com GPS – navegação precisa e controle total de dados.
4. Sistema de iluminação potente – segurança e visibilidade durante a noite.
5. Kit de reparos compacto – autonomia para resolver problemas mecânicos
6. Roupas técnicas de longa duração – conforto térmico e resistência em todas as condições.
7. Sistema de hidratação eficiente – manter-se hidratado sem perder ritmo.
Lembre-se: não existe equipamento milagroso se ele não for testado antes. Cada corpo, bicicleta e estratégia é única. Por isso, experimente esses itens em seus treinos longos, em diferentes condições, e veja o que realmente funciona para você. Essa experimentação é o que transforma um bom setup em um setup confiável.
Agora queremos saber de você:
Quais desses equipamentos você já usa ou tem vontade de testar?
Deixe nos comentários a sua experiência, compartilhe suas descobertas e vamos juntos pedalar mais longe — com mais conforto, segurança e performance.
Aí galera…
Agora que você conhece os 7 equipamentos que podem transformar sua experiência no ultraciclismo, queremos saber de você!
🚴♂️ Quais desses equipamentos fazem parte do seu setup?
🛠️ Algum deles salvou seu pedal em uma situação crítica?
🔍 Tem alguma dica ou modelo preferido para compartilhar com outros ciclistas?
Deixe seu comentário abaixo — sua experiência pode ajudar (e inspirar) outros ultraciclistas na escolha do equipamento ideal. Vamos construir essa jornada juntos, quilômetro por quilômetro!